[Raio-X das Corretoras de Imóveis] 70% são autônomas no Brasil

A pesquisa “Raio-X da Corretora de Imóveis” divulgada pelo DataZAP, uma referência em inteligência imobiliária, apresentou um panorama detalhado sobre as corretoras de imóveis no Brasil, destacando que 70% das profissionais atuam de forma autônoma. Realizada entre julho de 2024, a pesquisa trouxe informações relevantes sobre o perfil, os desafios e as motivações dessas mulheres que desempenham um papel fundamental no mercado imobiliário. Vamos entender mais sobre esse cenário e como as corretoras estão lidando com as transformações do setor.

Por que a Autonomia é Preferida?

Um dado que chama a atenção no levantamento é o fato de que a maioria das corretoras prefere trabalhar de forma autônoma. Entre as 116 entrevistadas, 70% afirmaram exercer a profissão de forma independente, o que revela a preferência pela flexibilidade e pela gestão do próprio tempo. Essa escolha, segundo o estudo, é motivada principalmente pela busca de um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de uma maior independência financeira.

Esses fatores são reforçados pelas respostas das corretoras, que indicam que 56% das entrevistadas destacaram a flexibilidade como o principal motivo para escolher a carreira, enquanto 50% apontaram a independência e 45% o retorno financeiro. O trabalho autônomo permite que essas mulheres estabeleçam suas próprias metas e definam a melhor forma de atuar no mercado imobiliário.

VEJA TAMBÉM: Corretor de Imóveis: A Profissão que Promete Milhões

Qual o Perfil das Corretoras de Imóveis?

A pesquisa também trouxe um mapeamento detalhado do perfil das corretoras. A maioria das profissionais faz parte da geração X, com idade média de 52 anos, o que reflete uma atuação mais experiente no setor. Além disso, 59% das corretoras estão nessa faixa etária, e 82% têm ensino superior completo, o que demonstra um nível elevado de qualificação profissional.

Outro dado interessante é o fato de que a maioria das corretoras é casada (55%) e tem filhos (74%), o que reforça a importância da flexibilidade no exercício da profissão. Conciliar a vida familiar com o trabalho é uma das principais preocupações dessas mulheres, e a autonomia no trabalho parece ser a solução encontrada por muitas para equilibrar essas responsabilidades.

Geograficamente, 66% das corretoras estão concentradas na região Sudeste, com destaque para os estados de São Paulo (45%) e Rio de Janeiro (16%). No Nordeste, a Bahia é o estado com maior representatividade, respondendo por 9% das entrevistadas.

Ferramentas Mais Utilizadas no Mercado Imobiliário

Em relação às ferramentas de trabalho, a pesquisa mostrou que o WhatsApp é a principal aliada das corretoras, sendo utilizado por 80% delas para comunicação com clientes. Outras ferramentas também se destacam, como anúncios pagos (67%) e o Instagram (62%). Essas plataformas digitais têm se mostrado essenciais para o sucesso das profissionais, especialmente no contato direto com o público e na divulgação de imóveis.

O uso dessas ferramentas também evidencia a crescente digitalização do setor imobiliário, onde as corretoras precisam estar atentas às novas tecnologias para atender às demandas do mercado. Mesmo com a predominância de um público mais experiente, como é o caso da geração X, essas profissionais demonstram estar cada vez mais conectadas e adaptadas às ferramentas online.

LEIA TAMBÉM: Registro de Imóveis Online: Como a plataforma digital simplificou a vida de milhões

Desafios e Motivações das Corretoras de Imóveis

Outro aspecto interessante revelado pela pesquisa diz respeito aos desafios enfrentados por essas profissionais. Um dos principais obstáculos apontados pelas corretoras é a dificuldade de conciliar a vida pessoal com a vida profissional, uma realidade para muitas mulheres que atuam de forma autônoma. Além disso, 24% das entrevistadas afirmaram exercer outra profissão além da corretagem, sendo que, para 33% dessas mulheres, essa decisão está ligada à necessidade de complementar a renda ou garantir maior estabilidade financeira.

Entre os motivos que levaram as corretoras a buscar outras ocupações, 21% apontaram a ligação entre as profissões, o que sugere que muitas profissionais atuam em áreas correlatas ao mercado imobiliário, como consultoria ou design de interiores, o que pode ser uma estratégia para diversificar suas fontes de renda e ampliar suas oportunidades de negócio.

VEJA MAIS: Atualize o valor do imóvel e economize no imposto [Veja como]

A Representatividade das Corretoras no Mercado Imobiliário

A representatividade das mulheres no setor imobiliário é um tema cada vez mais discutido, e a pesquisa Raio-X da Corretora de Imóveis contribui para lançar luz sobre a presença feminina no mercado. Apesar dos desafios, as corretoras vêm consolidando sua posição, e o estudo mostra que a maioria dessas profissionais não apenas desempenha um papel importante no setor, mas também encontra maneiras de superar obstáculos e construir carreiras sólidas e de sucesso.

Com uma base predominantemente formada por mulheres com mais de 50 anos, casadas e com filhos, a pesquisa destaca a importância da inclusão e da diversidade no mercado de trabalho. É essencial que o setor imobiliário continue a fomentar um ambiente que permita o crescimento e a valorização das corretoras, garantindo que elas tenham as ferramentas e os recursos necessários para conciliar sua vida pessoal com o exercício da profissão.

Conclusão

O Raio-X da Corretora de Imóveis, apresentado pelo DataZAP, revela um cenário em que a autonomia e a flexibilidade são fundamentais para o sucesso dessas profissionais. A pesquisa destaca as dificuldades e motivações que impulsionam as corretoras de imóveis no Brasil, além de oferecer um panorama claro do perfil dessas mulheres que, apesar dos desafios, têm encontrado formas de se destacar no mercado imobiliário.

Esse estudo é uma contribuição valiosa para o setor, trazendo insights importantes sobre a evolução da corretagem de imóveis no Brasil e a crescente importância da presença feminina nesse campo. Para as corretoras, a pesquisa reforça a relevância de continuar investindo em capacitação e no uso de ferramentas digitais para se manterem competitivas e alinhadas com as demandas do mercado.