Imagine a cena: você está navegando pelas redes sociais, sonhando com um novo lar, quando encontra o anúncio perfeito — uma casa ampla, um apartamento bem localizado ou até um espaço comercial que parece ideal para o seu negócio. As fotos são impecáveis, o preço é tentador e o perfil parece confiável. Animado, você entra em contato e, para visitar o imóvel, é solicitado um pagamento antecipado via Pix, algo em torno de R$ 250, como uma “taxa de visitação”. Você paga, mas o corretor some, e o imóvel? Nunca esteve à disposição. Essa é a nova armadilha que golpistas estão usando para enganar consumidores, e a Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI) está alertando todo mundo sobre isso.
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Uma fraude que prejudica consumidores e empresas sérias
O golpe é esperto e cruel. Os criminosos criam perfis falsos, muitas vezes no Facebook ou outras plataformas, usando fotos e anúncios roubados de imobiliárias sérias e conhecidas. Eles se passam por corretores profissionais, conquistam a confiança das vítimas e pedem esse pagamento como se fosse algo comum. Só que, como explica Mauro Macedo, diretor regional da ABMI, “isso não é prática das imobiliárias de verdade”. O resultado? Além de perder dinheiro, o consumidor ainda vê o sonho de encontrar um imóvel ser adiado, enquanto empresas honestas têm sua reputação manchada por esses aproveitadores.
E não para por aí. Em alguns casos, os golpistas levam o golpe a outro nível: após receber o pagamento, eles até levam a vítima para “visitar” um imóvel — que, na verdade, não está à venda nem para alugar. O objetivo? Convencer o interessado a pagar um sinal ou adiantamento maior, para então desaparecer de vez. Muitas vezes, esses esquemas acontecem em cidades ou estados distantes das áreas onde as imobiliárias reais atuam, o que dificulta ainda mais perceber a fraude logo de cara.
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Como se proteger e evitar cair na armadilha
Um exemplo de empresa afetada é a homehunters, que há 30 anos trabalha com seriedade no mercado e é uma das mais bem avaliadas do setor. “É frustrante ver nossa marca sendo usada por quadrilhas para enganar as pessoas”, lamenta o CEO da empresa, que também representa a ABMI. Para combater isso, a homehunters tem usado suas redes sociais para avisar:
Não cobramos taxa para visitar imóveis. Fiquem atentos a indivíduos mal-intencionados que tentam se aproveitar da nossa credibilidade”.
Então, como se proteger? Mauro Macedo dá o caminho das pedras. Antes de qualquer coisa, cheque se o corretor tem registro no Creci, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis — todo profissional legítimo precisa disso. Outra dica de ouro é só entrar em contato com imobiliárias por meio dos canais oficiais, como sites ou telefones verificados.
Essas empresas sérias são as primeiras a querer acabar com esses golpes, porque elas prezam pela segurança e pela confiança de quem está procurando um imóvel”, reforça Macedo.
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No fim das contas, o recado é claro: na hora de buscar um lugar para chamar de seu, todo cuidado é pouco. Uma pesquisa a mais, uma ligação para confirmar, pode ser o que separa você de realizar um sonho ou cair em uma cilada. Fique de olhos abertos — seu bolso e sua tranquilidade agradecem.