No mundo do design de interiores, é comum se encantar com novidades que surgem como promessas de inovação e estilo. Mas nem sempre essas tendências funcionam bem no dia a dia. É o que aponta a Casamar, um hub de design de interiores que se destaca por sua abordagem prática e crítica, levando em consideração desde o primeiro desenho até o primeiro jantar no novo ambiente.
O uso consciente dos materiais e estilos é essencial para evitar frustrações. Priscila Poli, designer de interiores da Casamar e especialista em casas de férias, compartilhou algumas observações sobre três itens de decoração populares que, apesar de serem considerados queridinhos, podem não ser as melhores escolhas a longo prazo.
Alumínio: Brilho Que Pode Perder o Encanto
O alumínio tem sido destaque em eventos de design como a CasaCor, com seu visual futurista e brilhante que conquista facilmente. No entanto, o uso excessivo desse material pode trazer algumas desvantagens que muitos não consideram no momento da escolha.
Segundo Priscila, o alumínio, apesar de sua versatilidade, não é uma escolha ideal em termos de durabilidade. “Esse material pode perder o brilho com o tempo, e sua manutenção pode se tornar um desafio, especialmente quando surgem marcas de dedos e manchas.” Além disso, ele pode deixar o ambiente com uma sensação de frieza e não contribui para um bom isolamento acústico.
Outra preocupação apontada pela designer é o impacto ambiental desse material, que pode não ser a melhor opção para quem busca soluções sustentáveis. A tendência pode ser um atrativo no primeiro momento, mas a decisão de uso deve ser feita com cautela, considerando os prós e contras que ele apresenta.
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Palhinha: Beleza com Manutenção Constante
A palhinha é um material que remete a ambientes descontraídos e naturais, trazendo uma sensação de conforto e acolhimento. Porém, essa escolha pode exigir um esforço considerável para manter a sua integridade.
De acordo com Priscila, móveis e peças feitas de palhinha precisam de um cuidado especial. “Para evitar que a fibra comece a se deteriorar, é essencial que o material esteja sempre seco e protegido de qualquer tipo de umidade. Até mesmo uma pequena quantidade de água pode causar danos permanentes.”
Além disso, a limpeza deve ser feita de maneira delicada, já que uma força excessiva pode comprometer a estrutura do material, causando deformações e reduzindo a durabilidade. Ou seja, o charme da palhinha pode ser um investimento caro, tanto em tempo quanto em manutenção.
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Closet sem Portas: Organização ou Dor de Cabeça?
A ideia de um closet sem portas é bastante atraente, especialmente em plataformas como Pinterest e Instagram, onde vemos espaços super organizados e minimalistas. Contudo, na vida real, manter esse padrão estético pode se tornar uma tarefa exaustiva.
Um closet sem portas exige uma organização impecável e uma rotina de limpeza constante para evitar o acúmulo de poeira. Além disso, a exposição direta à luz pode causar danos irreversíveis aos tecidos, especialmente para roupas mais delicadas,” alerta Priscila.
Outro ponto a ser considerado é a praticidade. Sem portas para ocultar o conteúdo, qualquer desordem fica visível, o que pode comprometer a harmonia visual do ambiente. Para quem não tem uma rotina disciplinada de organização, essa escolha pode rapidamente se tornar um problema, em vez de uma solução.
Conclusão: Escolhas Conscientes para um Projeto de Sucesso
Cada tendência de design tem seu charme e pode se adequar a diferentes estilos e necessidades. No entanto, é fundamental avaliar as características de cada material e estilo, considerando a praticidade e o uso cotidiano. A Casamar sugere que, antes de seguir qualquer modismo, o ideal é ponderar se ele realmente atende às expectativas funcionais e estéticas do projeto.
Afinal, o objetivo principal do design de interiores é criar ambientes que sejam não apenas bonitos, mas também confortáveis e funcionais. Com essa visão, é possível evitar frustrações e garantir que o espaço continue encantador e prático ao longo do tempo.