A palavra “garimpo” pode evocar imagens de escavações em busca de metais preciosos, mas nos dias de hoje, essa atividade ganhou um novo significado. O garimpo não se limita mais a procurar tesouros enterrados, mas também se estende ao ato de ressignificar objetos, dando-lhes uma segunda vida.
Neste artigo, exploraremos como o garimpo na arquitetura tem se tornado uma prática cada vez mais relevante, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para o design de interiores.
A Sensibilidade do Garimpo na Arquitetura
Gigi Gorenstein, uma arquiteta e curadora do projeto @garimponacasa, em parceria com Sheila Porto, é uma defensora fervorosa do garimpo na arquitetura. Ela incorpora essa técnica em seus projetos de design de interiores, recomendando peças garimpadas para seus clientes. No entanto, o garimpo que Gigi promove não envolve escavar a terra, mas sim desenterrar a beleza escondida em itens do passado.
Essa nova interpretação do termo “garimpo” está intrinsecamente ligada à ideia de ressignificação. De roupas a móveis, a essência do garimpo é encontrar objetos antigos e conferir a eles um novo propósito. Essa prática não apenas contribui para a criação de ambientes únicos, mas também desempenha um papel crucial na promoção da sustentabilidade.
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Sustentabilidade e Prazer no Garimpo
Gigi Gorenstein acredita que o garimpo na arquitetura é uma atividade necessária do ponto de vista sustentável e extremamente gratificante. Além de promover uma sociedade mais consciente sobre o consumo, o reaproveitamento de objetos contribui para um design de interiores mais personalizado.
Ela destaca que o garimpo não se trata apenas de sustentabilidade, mas também de conveniência. Muitas peças garimpadas estão prontas para uso imediato e passam por uma cuidadosa curadoria para garantir sua qualidade. No entanto, Gigi enfatiza que, se o cliente assim desejar, ele pode se envolver na busca pela peça ideal, participando do processo de restauro ou optando por preservar as marcas de uso que adicionam charme às peças.
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Itens de Valor no Garimpo
Dentro do universo do garimpo na arquitetura, a busca por itens assinados é um diferencial significativo, seja por designers nacionais ou internacionais. Um exemplo notável é a icônica poltrona “Mole” de Sergio Rodrigues. Ter uma versão original dessa peça, garimpada em antiquários ou recebida como herança de família, é como encontrar um tesouro para amantes de arte, história e design.
Além disso, itens de lojas famosas ou que já saíram de linha, mas que marcaram época, são excelentes opções de garimpo. Peças vintage podem adicionar um toque especial a qualquer projeto de design de interiores.
Versatilidade do Garimpo na Decoração
Gigi Gorenstein ressalta que o garimpo na arquitetura é versátil e pode se adaptar a qualquer estilo de decoração. Atualmente, há uma ampla variedade de itens disponíveis para garimpar, o que facilita a incorporação dessas peças em projetos que seguem diferentes propostas de decoração.
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A essência do garimpo está em preservar o valor dos objetos, evitando o desperdício e mantendo viva a memória e a história por trás de cada peça. Não se trata de simplesmente reaproveitar itens descartáveis, mas sim de dar a eles uma nova vida.
Ponto de Encontro: O Mundo Digital e o Garimpo
A tecnologia transformou a arte do garimpo, tornando-a mais acessível. Leilões online, sites especializados em móveis e artigos de decoração antigos, bem como lojas digitais de itens usados, proporcionam uma variedade de opções para quem deseja garimpar no conforto de casa. No entanto, os negócios físicos ainda têm seu espaço, oferecendo a emoção de descobrir algo especial pessoalmente.
Não há sensação maior do que encontrar um objeto que conquiste nosso coração à primeira vista e que mereça um lugar de destaque em nosso lar.
As 5 Peças Mais Cobiçadas no Garimpo
No mundo do garimpo de móveis e decoração, as opções são vastas, mas algumas peças se destacam como as mais procuradas. Gigi Gorenstein destaca que as mesas de jantar são peças indispensáveis em qualquer casa. A busca por mesas bonitas e únicas que se encaixem perfeitamente no projeto é constante. Além disso, as seguintes peças também figuram entre as mais buscadas:
- Cadeiras
- Sofás
- Carrinhos para chá
- Mesas de centro
- Cristaleiras
Em resumo, o garimpo na arquitetura é uma prática que vai além de buscar tesouros enterrados; trata-se de encontrar beleza e valor em objetos do passado e dar a eles uma nova vida. Essa abordagem não apenas contribui para a criação de interiores únicos, mas também promove a sustentabilidade, preservando a história e o significado por trás de cada peça garimpada. Portanto, se você está pensando em redecorar sua casa ou projeto, considere a magia do garimpo para transformar seus espaços de maneira significativa.
Sobre Gigi Gorenstein Arquitetura
Gigi Gorenstein é arquiteta e designer de interiores formada pela Universidade Paulista. Atua no mercado desde 1998 e, há 14 anos segue à frente de seu escritório próprio, o Gigi Gorenstein Arquitetura e Interiores, no qual desenvolve e acompanha de ponta a ponta projetos residenciais, de interiores e comerciais.
A busca por excelência e a dedicação incansável a cada etapa do trabalho resulta em ambientes que associam funcionalidade, estética e personalidade, voltados a clientes sofisticados e antenados.