Índice FipeZAP: Aumento nos Preços Residenciais atinge maior ponto em 10 anos

Índice FipeZAP: Aumento nos Preços Residenciais atinge maior ponto em 10 anos
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Os preços de imóveis residenciais no Brasil experimentaram um aumento significativo em julho de 2024, com uma variação de 0,76%, a maior desde janeiro de 2014. Este incremento, divulgado pelo Índice FipeZAP, reflete a crescente valorização do mercado imobiliário em diversas regiões do país. A inclusão de seis novas capitais na análise amplia ainda mais a cobertura deste importante indicador econômico.

O Índice FipeZAP e Sua Expansão

A partir desta publicação, o Índice FipeZAP passou a monitorar os preços de venda de imóveis residenciais em seis novas capitais: Aracaju (SE), Belém (PA), Cuiabá (MT), Natal (RN), São Luís (MA) e Teresina (PI). Com essa inclusão, a abrangência geográfica do índice foi ampliada para 56 cidades, das quais 22 são capitais. Essa expansão permite uma visão mais detalhada e abrangente do comportamento do mercado imobiliário em todo o território nacional.

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Análise do Último Mês

O aumento de 0,76% registrado em julho de 2024 representa uma aceleração em comparação ao mês anterior, junho, que teve um aumento de 0,61%. Este resultado é notável por ser a maior variação mensal desde janeiro de 2014, que foi de 0,77%. Em comparação, o IGP-M/FGV apresentou uma inflação de 0,61%, e o IPCA-15 do IBGE indicou um aumento de 0,30% nos preços ao consumidor em julho.

Variações Regionais

Das 56 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP, 52 apresentaram alta nos preços dos imóveis residenciais. As maiores variações foram observadas em:

  • Salvador (+2,44%)
  • São Luís (+1,76%)
  • Curitiba (+1,43%)
  • João Pessoa (+1,32%)
  • Aracaju (+1,18%)

Por outro lado, houve queda nos preços em Campo Grande (-0,63%) e Maceió (-0,05%). Esse panorama destaca a diversidade de comportamento dos preços de imóveis nas diferentes regiões do país.

Balanço Parcial de 2024

Até julho de 2024, o Índice FipeZAP de Venda Residencial acumulou uma valorização de 4,34% no ano, superando a variação dos preços na economia, medida pelo IGP-M/FGV (+1,71%), e a inflação ao consumidor (+2,79%), considerando os resultados do IPCA no ano até junho de 2024 e o IPCA-15 de julho de 2024. Este aumento significativo reflete a confiança e a demanda no mercado imobiliário, que tem se mostrado resiliente mesmo em tempos de instabilidade econômica.

Destaques por Capitais

Algumas capitais apresentaram valorizações expressivas no acumulado do ano:

  • Curitiba (+11,71%)
  • João Pessoa (+9,12%)
  • Salvador (+8,81%)
  • Goiânia (+7,47%)
  • São Luís (+7,36%)

Em contraste, Campo Grande (-1,63%) e Teresina (-0,24%) tiveram resultados negativos, indicando uma tendência de desvalorização em certas regiões.

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Análise dos Últimos 12 Meses

Nos últimos 12 meses, o Índice FipeZAP registrou uma valorização acumulada de 6,53%, superando a variação do IGP-M/FGV (+3,82%) e a inflação ao consumidor (+4,42%). Essa alta foi mais acentuada em imóveis com um dormitório (+6,50%), enquanto unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram uma valorização menor (+5,58%).

Capitais com Maiores Valorizações Anuais

  • Curitiba (+14,65%)
  • Goiânia (+14,49%)
  • João Pessoa (+13,99%)
  • Maceió (+12,03%)
  • Natal (+11,45%)

Essas cidades destacam-se como as principais regiões de crescimento do mercado imobiliário, atraindo investimentos e aumentando a demanda por imóveis residenciais.

Preço Médio de Venda Residencial

Com base em anúncios de imóveis residenciais para venda em julho de 2024, o preço médio calculado foi de R$ 9.082/m². Imóveis de um dormitório apresentaram um preço médio de venda mais elevado (R$ 10.740/m²), enquanto unidades com dois dormitórios tiveram o menor valor médio (R$ 8.153/m²).

Capitais com Preços Médios Mais Elevados

  • Florianópolis (R$ 11.426/m²)
  • Vitória (R$ 11.355/m²)
  • São Paulo (R$ 11.077/m²)
  • Curitiba (R$ 10.132/m²)
  • Rio de Janeiro (R$ 10.131/m²)

Essas capitais continuam a liderar em termos de preço médio por metro quadrado, refletindo a alta demanda e o valor agregado das propriedades nessas regiões.

Conclusão

O mercado imobiliário brasileiro continua a mostrar sinais de recuperação e crescimento, com aumentos significativos nos preços residenciais em diversas regiões. A expansão do Índice FipeZAP para novas capitais proporciona uma visão mais abrangente e detalhada, permitindo que investidores e compradores tomem decisões mais informadas. À medida que o ano avança, será interessante observar como essas tendências se desenvolverão, especialmente em um cenário econômico volátil.

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