O Futuro do Compartilhamento de Bens de Alto Padrão

O Futuro do Compartilhamento de Bens de Alto Padrão
Foto: Freepik

Nos últimos anos, a economia colaborativa tem se tornado um fenômeno global, transformando a maneira como consumimos e acessamos bens e serviços. Segundo dados da PwC, esse mercado deve movimentar pelo menos USD$ 335 bilhões mundialmente até 2025, um crescimento expressivo comparado a 2014, quando o modelo começou a se consolidar. Mas o que está impulsionando essa mudança?

A Evolução da Economia Colaborativa

A economia colaborativa, caracterizada pela partilha de recursos e serviços entre indivíduos, tem suas raízes na busca por imediatismo, inovação, sustentabilidade e flexibilidade. Empresas como Uber, Airbnb e WeWork são exemplos notórios desse movimento, oferecendo soluções que atendem às necessidades de um público cada vez mais exigente. No entanto, a demanda por opções de alto padrão tem ganhado força, levando a economia colaborativa a novos patamares.

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O Luxo Compartilhado: Um Mercado em Expansão

Uma tendência observada desde 2016 é a incorporação de bens de luxo no modelo de compartilhamento. Aviões, barcos, carros, casas, ilhas e helicópteros agora fazem parte das opções disponíveis. Um estudo da Bain & Company revelou que o compartilhamento de aeronaves movimentou R$ 74 bilhões em 2022, com a previsão de dobrar até 2030. Este crescimento foi impulsionado, em grande parte, pela pandemia, que aumentou a demanda por soluções mais flexíveis e econômicas.

No setor de iates, a Mordor Intelligence estima que o mercado de fretamento foi avaliado em US$ 18,9 bilhões em 2021 e deve atingir US$ 26,5 bilhões até 2027. Além disso, o mercado de aviação executiva nos EUA contribui com cerca de US$ 150 bilhões para a economia americana anualmente, demonstrando a robustez e o potencial de crescimento desse segmento.

Inovação no Mercado Imobiliário: A Chegada da MyDoor ao Brasil

No Brasil, a MyDoor está revolucionando a forma como adquirimos imóveis de alto padrão em destinos de lazer. Fundada por Roberto Pinheiro, a empresa é referência na venda de residências compartilhadas, permitindo que os sócios façam um uso mais eficiente de seus investimentos. “Quando falamos em sistemas compartilhados, estamos pensando na economia colaborativa. Esse modelo permite mais bem-estar, economia e organização social com menos gastos e burocracias”, afirma Pinheiro.

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O Modelo de Negócio da MyDoor

Cada casa MyDoor é administrada como uma empresa independente, onde são vendidas participações a no mínimo 2 e no máximo 8 sócios. Esses sócios compartilham os custos e usufruem do imóvel de forma exclusiva e alternada, contando com a gestão completa da empresa, desde a curadoria imobiliária até a manutenção periódica. A MyDoor também oferece serviços de concierge, proporcionando experiências personalizadas para seus clientes, como jantares e passeios exclusivos.

Com mais de 30 casas disponíveis, a MyDoor está presente em destinos como Bahia, litoral e interior de São Paulo, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte. Este modelo de negócio já provou seu sucesso no exterior, com a Pacaso sendo um exemplo de sucesso nos EUA. A empresa oferece a venda de segundas residências para vários donos, que têm direito de uso proporcional ao percentual que possuem do imóvel, tornando-se uma tendência mundial.

A Transformação do Mercado Imobiliário de Luxo

A revolução da economia colaborativa não apenas altera a forma como consumimos bens e serviços, mas também redefine o conceito de propriedade. “Hoje, nem lembramos como era a convivência antes de modelos de compartilhamento em mobilidades e aluguel de casas. Vemos um mercado próspero para os próximos anos, principalmente com a venda de imóveis pela sociedade imobiliária. Daqui alguns anos, acredito que nem lembraremos de como era a vida antes do surgimento dessa maneira mais prática de adquirir a segunda residência”, conclui Pinheiro.

Conclusão: O Futuro da Economia Colaborativa

A economia colaborativa está transformando diversos setores, e o mercado de luxo não é exceção. Com a crescente demanda por soluções mais sustentáveis e flexíveis, o compartilhamento de bens de alto padrão se consolida como uma tendência de longo prazo. Empresas inovadoras como a MyDoor e a Pacaso estão na vanguarda dessa transformação, oferecendo modelos de negócio que aliam eficiência econômica, bem-estar e organização social. O futuro da economia colaborativa é promissor, e estamos apenas começando a explorar todo o seu potencial.

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