Casa Própria: aprenda a utilizar o financiamento imobiliário

Casa Própria: aprenda a utilizar o financiamento imobiliário
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Comprar uma casa própria é o sonho de muitos brasileiros, e para a maioria, isso significa recorrer a financiamentos bancários. Seja um imóvel novo ou usado, a busca por parcelas acessíveis é uma preocupação constante. Neste artigo, vamos explorar o universo do financiamento imobiliário no Brasil, abordando desde a importância de validar o crédito bancário até as possibilidades de portabilidade entre bancos.

Importância do Financiamento Imobiliário

Praticamente não se compra imóveis hoje no Brasil sem algum tipo de financiamento bancário envolvido. A estimativa gira em torno de 70% das transações, segundo especialistas do setor. Seja para casas ou apartamentos na planta, recém-lançados ou usados, a busca é cada vez maior por parcelas que caibam em todos os bolsos. Mas, antes de fechar negócio, é preciso estar atento sobre prazos, condições e taxas de juros.

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Quem quer comprar um imóvel, primeiro deveria aprovar um crédito no banco e depois procurar fechar o negócio, mas geralmente as pessoas fazem o contrário. Por isso é tão importante conversar com um especialista, um despachante e depois com um corretor de imóveis de confiança, credenciado junto ao CRECI”, afirma Carlos Eduardo Canto, presidente da Confraria Imobiliária de Curitiba.

Validando a Possibilidade de Compra

Para Gustavo Berto, especialista em financiamento e diretor financeiro da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR), a primeira dica é verificar o crédito bancário. “Antes de tudo, é preciso validar se aquela compra que será feita está, de fato, dentro das expectativas e possibilidades. Isso inclui o uso de recursos próprios como o FGTS, por exemplo, para o valor mínimo de entrada, que na maioria dos casos fica em torno de 20% do valor total do imóvel. O restante dos 80% será financiado pelo banco escolhido”, detalha.

Escolhendo o Melhor Banco

“Pela minha experiência de mais de 30 anos no mercado imobiliário, a gente até indica alguns planos e bancos, mas, em geral, o cliente já chega com seu banco de relacionamento, ou então acaba optando pela Caixa Econômica Federal, em especial quando se enquadra nas faixas do programa Minha Casa Minha Vida. Por isso o financiamento é essencial no Brasil”, avalia o corretor imobiliário Marco Antônio Palha, sócio da MAP Imobiliária.

Regras e Procedimentos do Financiamento Imobiliário

Todo imóvel urbanizado pode ser financiado, desde que esteja devidamente averbado e registrado junto ao Registro de Imóveis da sua circunscrição. “O financiamento bancário abrange desde os imóveis na planta, imóveis novos e imóveis usados e é possível financiar apartamentos, residências, terrenos e imóveis comerciais. Não existe uma renda mínima para utilizar o financiamento, mas a renda vai impactar na parcela, que automaticamente impacta no valor do imóvel a ser adquirido, pois ela não pode ultrapassar 30% da renda mensal”, explica Valdecir Ribeiro, corretor imobiliário e diretor da Ribeiro Imóveis, de São José dos Pinhais.

Crescimento do Mercado Imobiliário

“O mercado imobiliário de São José dos Pinhais tem muito espaço para crescimento, com taxas superiores à média nacional, além de ser o 2º maior PIB do Paraná, atraindo investidores, incorporadoras e construtoras para o município. Além de uma localização estratégica, a cidade vem crescendo e se destacando, com grande número de lançamentos residenciais, industriais e comerciais. Meu papel, como corretor de imóveis, é trabalhar sempre no sentido que esse crescimento aconteça de forma tranquila e saudável”, finaliza Valdecir.

Aspectos de Prazos e Amortização

Segundo Gustavo Berto, a maioria dos bancos trabalha com sistema de amortização constante das parcelas financiadas. “Ou seja, uma prestação que inicia um pouco mais alta, mas vai caindo ao longo do tempo, principalmente porque você tem amortizações desde o primeiro mês do financiamento. A maioria dos bancos prefere essa metodologia porque à medida em que a pessoa vai pagando, diminui o risco de emergência. E para o cliente é muito bom, aquela prestação vai diminuindo e fica possível fazer amortizações. Outro ponto importante: os bancos permitem financiamentos em até 35 anos, ou seja, 420 meses. Mas a idade do cliente, somada ao prazo do financiamento não pode superar 80 anos”, explica o especialista.

Média de Quotação e Flexibilidade

“Pela nossa experiência, a média de quitação de imóveis no Brasil é de oito a 12 anos, mesmo nos casos em que o prazo inicial era de 30 ou 35 anos. Cerca de 70 a 80% dos brasileiros conseguem quitar antes do prazo, segundo levantamento de instituições bancárias, como o Banco Itaú. Então, o cliente não precisa se assustar quando se deparar com o prazo inicial de parcelas”, afirma Marco Antônio Palha.

Portabilidade do Financiamento Imobiliário

Por fim, Gustavo Berto esclarece que é possível fazer portabilidade entre bancos, em busca de uma taxa de juros menor. “O financiamento também permite você fazer portabilidade: hoje a taxa está em 10,5%. Se, em 2025 a gente chegar em uma taxa de juros próxima de 9%, a pessoa que contratou em março de 2024 vai poder fazer portabilidade. E muitas vezes até os bancos têm feito reversibilidade, ou seja, eles abaixam a taxa de juros para não perder o cliente. Se você achou seu imóvel ideal, se ele cabe no seu orçamento mensal, esse imóvel é único para você.

O financiamento vai ser extremamente transitório, porque você pode contratar uma taxa hoje num banco X e daqui dois anos, quando essa taxa voltar a cair, você poderá utilizar a portabilidade, que é bem simples de se fazer”, explica o especialista.

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