Índice FipeZAP: Preços Residenciais sobem 3,56% no Primeiro Semestre

Índice FipeZAP: Preços Residenciais sobem 3,56% no Primeiro Semestre
Foto: FipeZAP

O comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, conforme registrado pelo Índice FipeZAP, apresentou um aumento de 0,61% em junho de 2024. Esse crescimento, apesar de significativo, representa uma ligeira desaceleração em relação à variação média dos preços observada em maio (+0,74%).

Quando analisamos mais detalhadamente, imóveis com um dormitório tiveram um incremento mais expressivo de +0,69%, enquanto unidades com quatro ou mais dormitórios registraram um avanço relativamente menor de +0,44%. No mesmo período, outros índices econômicos como o IGP-M/FGV indicaram uma inflação mensal de 0,81%, e a prévia do IPCA/IBGE (IPCA-15) apontou um aumento médio de 0,39% nos preços ao consumidor.

Geograficamente, a alta nos preços residenciais foi observada em 45 das 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial, incluindo 12 das 16 capitais que compõem o cálculo:

  • João Pessoa: +1,55%
  • Salvador: +1,54%
  • Curitiba: +1,46%
  • Maceió: +1,14%
  • Belo Horizonte: +1,00%
  • Fortaleza: +0,83%
  • Goiânia: +0,78%
  • Florianópolis: +0,71%
  • São Paulo: +0,69%
  • Vitória: +0,33%
  • Rio de Janeiro: +0,24%
  • Brasília: +0,01%

Em contrapartida, houve uma queda nos preços de venda de imóveis residenciais em algumas cidades:

  • Campo Grande: -1,06%
  • Porto Alegre: -0,14%
  • Manaus: -0,09%
  • Recife: -0,03%

VEJA TAMBÉM: Índice FipeZAP de Locação Registra Alta de 1,25% em Maio

Balanço Parcial de 2024

No final do primeiro semestre de 2024, o Índice FipeZAP de Venda Residencial acumulou uma valorização de 3,56%, superando a variação dos preços da economia medida pelo IGP-M/FGV (+1,10%) e a inflação ao consumidor de 2,67% considerando os resultados do IPCA até maio de 2024 e do IPCA-15 de junho de 2024.

Em termos geográficos, a alta nos preços residenciais na primeira metade do ano foi generalizada, abrangendo 48 das 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP. Entre as capitais destacam-se:

  • Curitiba: +10,13%
  • João Pessoa: +7,70%
  • Maceió: +6,31%
  • Goiânia: +6,23%
  • Salvador: +6,22%
  • Belo Horizonte: +5,70%
  • Florianópolis: +5,12%
  • Recife: +4,78%
  • Vitória: +3,92%
  • Fortaleza: +3,82%
  • São Paulo: +3,16%
  • Manaus: +2,31%
  • Brasília: +2,12%
  • Rio de Janeiro: +1,25%
  • Porto Alegre: +0,54%

A exceção foi Campo Grande (MS), onde os preços residenciais apresentaram uma queda de 1,01% no semestre.

SAIBA MAIS: Aliado do “Faça Você Mesmo” facilita a vida com Novos Lançamentos

Análise dos Últimos 12 Meses

Incorporando os resultados mais recentes, o Índice FipeZAP registrou uma valorização acumulada de 6,17% em 12 meses, superando a variação do IGP-M/FGV (+2,45%) e a prévia da inflação ao consumidor (+4,41%).

Neste período, imóveis com um dormitório destacaram-se com uma valorização acima da média (+6,50%), enquanto unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram uma menor variação (+5,58%). Individualmente, todas as 50 cidades que integram o cálculo do Índice FipeZAP registraram alta nos preços nos últimos 12 meses. Entre as capitais:

  • Curitiba: +13,98%
  • Goiânia: +13,95%
  • Maceió: +13,63%
  • João Pessoa: +12,47%
  • Florianópolis: +11,04%
  • Belo Horizonte: +10,17%
  • Manaus: +9,89%
  • Vitória: +8,08%
  • Salvador: +7,47%
  • Recife: +6,45%
  • Fortaleza: +5,62%
  • São Paulo: +5,42%
  • Brasília: +4,64%
  • Campo Grande: +4,40%
  • Porto Alegre: +2,43%
  • Rio de Janeiro: +1,85%

Preço Médio de Venda Residencial

Baseado nas informações da amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em junho de 2024, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP foi de R$ 9.020/m². Imóveis de um dormitório destacaram-se com o preço médio de venda mais elevado (R$ 10.662/m²), enquanto unidades com dois dormitórios apresentaram o menor valor (R$ 8.094/m²).

Entre as 16 capitais monitoradas pelo índice, Vitória (ES) registrou o valor médio por metro quadrado mais alto na amostra (R$ 11.349/m²), seguida por Florianópolis (R$ 11.340/m²), São Paulo (R$ 11.011/m²), Rio de Janeiro (R$ 10.101/m²), Curitiba (R$ 9.989/m²) e Brasília (R$ 9.181/m²).

Conclusão

O mercado imobiliário brasileiro apresentou um desempenho robusto no primeiro semestre de 2024, com um aumento geral nos preços dos imóveis residenciais em diversas capitais. Esse crescimento foi impulsionado por uma valorização significativa em cidades como Curitiba, João Pessoa, Maceió e Goiânia. No entanto, também é importante notar as variações regionais e o comportamento específico de diferentes tipos de imóveis, como os de um dormitório, que se valorizaram acima da média.

Esses dados são essenciais para compradores, vendedores e investidores que buscam entender as tendências do mercado e fazer escolhas informadas. Com a continuidade do monitoramento dos índices e a análise das variações econômicas, espera-se que o setor imobiliário mantenha sua relevância e potencial de crescimento no restante do ano.

Para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos e estratégias para otimizar suas transações imobiliárias, acompanhar essas tendências é fundamental.

Artigos Relacionados: