Financiamento Imobiliário: Tabela SAC ou Tabela Price? Descubra a melhor opção para o seu bolso!

Financiamento Imobiliário: Tabela SAC ou Tabela Price
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Em um cenário de queda de juros, o financiamento imobiliário ganha destaque, tornando-se uma alternativa mais acessível para os brasileiros realizarem o sonho da casa própria. Contudo, a escolha entre a Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) e a Tabela Price (Sistema Francês de Amortização) pode determinar o quanto você realmente pagará ao longo do financiamento.

Tabela Price: Parcelas iniciais menores, custo total maior

A primeira impressão ao escolher a Tabela Price é atraente: parcelas iniciais mais baixas, ideal para quem busca um alívio no orçamento mensal. No entanto, o custo total ao longo do financiamento pode surpreender. A distribuição dos juros ao longo do período resulta em um valor final muito superior à Tabela SAC. A amortização mais lenta no início significa destinar uma parte significativa do pagamento aos juros, prejudicando o bolso do devedor.

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Tabela SAC: Parcelas iniciais mais altas, custo total menor

A Tabela SAC, embora exija parcelas iniciais mais altas, apresenta vantagens significativas. O devedor paga um custo total menor em comparação com a Tabela Price. Além disso, para quem planeja quitar o financiamento antecipadamente, a Tabela SAC é mais favorável, pois a maior parte dos juros é cobrada nas primeiras parcelas, facilitando a liquidação do saldo devedor.

Comparação Prática

Para facilitar a decisão, elaborei uma planilha para realizar comparações entre as duas tabelas. Um exemplo prático com um imóvel de R$ 200 mil, entrada de R$ 40.000,00, taxa de juros de 0,85% ao mês em 240 meses, revela uma diferença significativa. Na Tabela SAC, o valor total pago em juros é de R$ 163.880,00, enquanto na Tabela Price, alcança R$ 215.670,96 – uma diferença de mais de R$ 51 mil.

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Ilusão da Parcela Inicial

A armadilha da Tabela Price muitas vezes está na parcela inicial aparentemente mais baixa. Ao comparar apenas as primeiras parcelas, o cliente pode ser levado a acreditar que essa opção é mais econômica. Contudo, é crucial entender que o pagamento total em juros é substancialmente maior na Tabela Price, impactando negativamente no bolso do devedor a longo prazo.

Impacto do Prazo

O tempo de contrato também desempenha um papel crucial. Quanto mais longo o prazo, maior será o acúmulo de juros na Tabela Price. Ao considerar um imóvel de R$ 200 mil em 360 meses, a diferença nos juros entre as tabelas é surpreendente: R$ 245.480,00 na SAC e R$ 354.014,65 na Price. Um alerta para quem pensa em estender o financiamento.

Amortização Antecipada

A possibilidade de amortização antecipada é outro ponto a favor da Tabela SAC. Simulações mostram que mesmo pequenas amortizações na SAC resultam em economias significativas nos juros totais, enquanto na Tabela Price, a redução é menos expressiva.

Para baixar a planilha e fazer as suas simulações, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=AJUIwhpjqAg

Conclusão

Ao abordar o financiamento imobiliário, a Tabela SAC emerge como a opção mais vantajosa. A ilusão da parcela inicial menor na Tabela Price pode custar caro ao longo do contrato, especialmente em prazos mais longos. Antes de assinar qualquer contrato, é crucial compreender as nuances de cada tabela e evitar decisões precipitadas. Invista tempo em entender seu perfil financeiro e utilize ferramentas como a planilha disponível para fazer escolhas conscientes e evitar gastos desnecessários.

Fonte: Fabio Louzada é economista, cofundador e CEO da Eu me banco. Possui graduação em Gestão Financeira pela FGV, pós-graduação em Finanças, Investimentos e Banking e em Liderança, Inovação e Gestão pela PUC-RS. Foi membro da Comissão de Educação da Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros e Industry Mentor do CFA Society. Louzada tornou-se o profissional com o maior número de certificações nacionais em investimentos com menos de 30 anos.

Entre outros selos, é planejador financeiro CFP®️ e gestor de investimentos CGA. Além disso, no cenário internacional, é Candidato CFA Level II. Durante 11 anos, foi assessor de investimentos nas principais instituições do país na área de alta renda, com passagens pelo Bradesco Prime, Santander Select, Citigold e Itaú Personnalité. Em janeiro de 2022, lançou no Brasil e em Portugal o livro “Manual do investidor leigo – Conheça as regras do jogo pelo olhar de um especialista”, publicado pela Lisbon Press.

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